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Nosso Projeto Terapêutico

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O Instituto Vó Maria - foi constituído em 01 de outubro de 2010 sob a forma de Instituto, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos denominada como ONG, e duração por tempo indeterminado. Com registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica sob número 14.587.665-58 de 26 de outubro de 2011, presta serviço de acolhimento em atenção à pessoa com transtorno decorrente do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativo-SPA, em unidade de acolhimento com características residenciais, conforme orientação da Resolução RDC 29, de 30 de Junho de 2011 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, com capacidade de atendimento para   80 pessoas.

O IVM propõe um programa de recuperação a pessoas do sexo masculino, com idade entre 18 e 60 anos incompletos, através de programa de recuperação embasado no modelo psicossocial, em que a convivência entre os pares é o principal instrumento terapêutico, tendo por finalidade o resgate da cidadania dos usuários através da reabilitação psicológica, física, social e espiritual.

É importante salientar o que o trabalho desenvolvido pela entidade, não se limita no programa de recuperação da dependência química, e sim na sua plena reintegração à sociedade, através do desenvolvimento de suas habilidades, encaminhamentos ao mercado de trabalho, acesso à moradia, proporcionando aos acolhidos condições de auto sustento.

 

 

 

 

 

 

O Instituto VÓ MARIA - foi idealizado e construído para atender a demanda de usuários, que necessitam de um ambiente protegido, organizado, para auxiliá-los a modificarem o estilo de vida. Dessa forma, poderão resgatar sua cidadania e autocontrole necessários para o retorno à sociedade, em condições de manter uma vida saudável e reconstruir relações consigo mesmo, com familiares, profissionais e com seus pares.

A CT oferecerá tratamento a 55 (Cinquenta e cinco) adultos do sexo masculino, dependentes de substâncias psicoativas do Estado de Santa Catarina, que tiverem perfil para o tratamento no Modelo de Comunidade Terapêutica, respeitando a critérios de inelegibilidade para a internação daqueles que apresentarem comprometimento biológico e psicológico graves.

Os elementos essenciais que norteiam o modelo da CT seguem o documento firmado no ano de 2010 em Teresina/PI pelas Federações de Comunidade Terapêuticas: FEBRACT – Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, FECOTESC – Federação Catarinense de Comunidades Terapêuticas

Tais Elementos Essenciais são baseados no tratamento que visam à abstinência através:

1) Da prática da espiritualidade sem a imposição de crenças religiosas;

2) Internação e permanência voluntária, entendida como um episódio que objetive auxiliar o dependente a reinserir-se e reintegrar-se na sociedade, assumindo suas funções como cidadão, membro de uma família, trabalhador e/ou estudante;

3) Ambiente residencial saudável, protegido técnica e eticamente, com características de relações familiares, livre de drogas, violência e de práticas sexuais, temporariamente neste último caso;

4) Convivência entre os pares, participando ativamente na vida e nas atividades da Comunidade Terapêutica;

5) Critérios de admissão, permanência e alta definidos com o conhecimento antecipado por parte do dependente químico candidato e de seus familiares ou responsável;

6) Aceitação e participação ativa no Programa Terapêutico definido e oferecido pela Comunidade Terapêutica, tanto pelo dependente como por seus familiares;

7) Utilização do trabalho como um valor educativo e terapêutico no processo de tratamento na Comunidade Terapêutica, na recuperação, reinserção e reintegração social do dependente;

 

8) Acompanhamento pós-tratamento pelo período mínimo de 12 meses.

 

A comunidade terapêutica é um modelo de tratamento com características diferentes dos modelos clínicos e médicos tradicionais, que utiliza o ambiente e o próprio dependente na promoção do aprendizado e das mudanças necessárias para romper com o ciclo de uso e recaídas que vem apresentando.

Esse modelo floresce a cada dia em contato com informações, técnicas e profissionais especializados, transferindo e adaptando esses saberes para as práticas na comunidade terapêutica. A expansão intelectual é vista como essencial ao desenvolvimento e à recuperação dos residentes. Assim, a vivência no ambiente de comunidade terapêutica propicia uma experiência possível de ser levada adiante no seu retorno ao convívio social.

 

  1. OBJETIVO GERAL

 

Acolher pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas (SPA), em situação de vulnerabilidade, risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados e sem condições de se restabelecer sem ajuda, especificamente homens com idade entre 18 e 60 anos incompletos. Oferecer aos acolhidos, atendimento psicossocial em unidade com características residenciais e estrutura para atender até 55 pessoas.

 

  1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Promover ao acolhido espaço para pratica esportiva, recreativa, artística e cultural, através de caminhadas, alongamento, futebol, vôlei, natação, domino, sinuca, capoeira entre outras (o instituto conta com infraestrutura de piscina e quadra poliesportiva).

  • Desenvolver nos acolhidos a área da espiritualidade como sendo um dos pilares da recuperação, juntamente com os 12 passos de narcóticos anônimos para assegurar um novo padrão de vida do acolhido no processo de inserção e reinserção social.

  • Atividades e ou dinâmica de grupo para promoção do autocuidado e da sociabilidade que já é trabalhada também como um todo, sendo que, o acolhido já está vivendo em comunidade, mesmo que

 

não sendo a sua habitual.

  • Acolher e garantir a proteção integral dos usuários;

  • Promover o restabelecimento de vínculos comunitários, familiares e/ou sociais

  • Possibilitar o acesso à rede Sócio Assistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e demais políticas públicas setoriais; acolhidos estão cadastrado no posto de saúde de Caldas em  Santo Amaro da Imperatriz, o instituto sempre mantem contato com a equipe do posto (coordenadora Claudia Cristina Buratto) sempre que há necessidade encaminhamos o acolhido para atendimento médico e odontológico, casos de emergência encaminhamos ao hospital São Francisco de Assis em Santo Amaro da Imperatriz, para atendimento psiquiátrico encaminhamos o acolhido para o CAPS de Santo Amaro da Imperatriz cujo medico psiquiatra  é o Dr. Mario Afonso Maluf, contamos também com o psicólogo Wendys Azevedo na própria instituição.

  • Desenvolver a autonomia, independência e o autocuidado

  • Promover a reinserção social, por meio da rede de qualificação profissional com vistas à inclusão produtiva.

 

     PERFIL DO ACOLHIDO

 

Pessoas do sexo Masculino, com idade entre 18 e 60 anos incompletos, dependentes químicos encaminhados pelos órgãos conveniados, ou demanda espontânea, que apresentem perfil conforme critérios de elegibilidade, para internação em Comunidade Terapêutica. 

 

  1. PERFIL DA EQUIPE

 

A equipe está capacitada para olhar o residente em suas especificidades, respeitando suas particularidades e assim, auxiliá-lo a praticar o programa no seu tempo e com seus recursos, reforçado pelo respeito e ajuda do ambiente.

Algumas características da Comunidade Terapêutica são importantes neste modelo, tais como:

· Considera-se a organização como um todo responsável pelo resultado terapêutico.

 

· A organização social é útil para criar um ambiente que maximize os efeitos terapêuticos, em vez de constituir mero apoio administrativo ao tratamento.

· O ambiente social proporciona oportunidades para que os pacientes participem ativamente dos assuntos da instituição.

· Todos os relacionamentos são potencialmente terapêuticos.

· A atmosfera qualitativa do ambiente social é terapêutica no sentido de estar fundada numa combinação equilibrada de aceitação, controle e tolerância com respeito a comportamentos destrutivos.

· Atribui-se um alto valor à comunicação.

· Usam-se técnicas educativas e a pressão do grupo para propósitos construtivos. A CT utiliza a Cultura da Paz e Não Violência e o Manejo e Gerenciamento de Crises e Conflitos, como base para que o

 

 

processo de tratamento seja eficaz e a permanência do residente possa produzir resultados positivos e consolidar os valores e princípios que o residente e seu(s) familiar(es) deverão buscar durante o tratamento.

 

 

A acolhida, recepção e escuta são realizadas na semana de chegada do acolhido, para desta forma conhecer um pouco de sua história de vida, vivências e expectativas. Ocorre também em outros momentos em que a equipe ache necessário estabelecer um diálogo ou pela procura espontânea do usuário.

 A partir desta atividade, se inicia a construção do Plano de Acompanhamento Individual, o qual contém informações referentes ao vínculo familiar, histórico de vida, demandas para encaminhamentos, assim como a organização para a sua saída e reinserção social. São identificados quais encaminhamentos serão realizados para a rede de serviços (como a confecção de documentos, atendimento ao CAPS, entre outros).

 

 

 As atividades de autocuidado e sociabilidade preveem a prática de atos da vida cotidiana, tais como: higiene pessoal; arrumação e limpeza dos pertences e das acomodações de repouso; participação na organização de espaços coletivos, jardins e hortas de consumo interno. São realizadas atividades na Instituição de esporte, lazer, assim como saídas de campo.

O Grupo Terapêutico é desenvolvido uma vez por semana, com temas relacionados à autonomia, empoderamento, autoestima, poder pessoal, uso de substâncias psicoativas, entre outros de interesse. Os primeiros contatos com os familiares são feitos por meio de ligações telefônicas ou redes sociais, já que muitos acolhidos possuem vínculo esporádico extremamente fragilizado, outros, os vínculos já foram rompidos.

 A partir destes contatos, se inicia a sensibilização e o convite para que as famílias participem dos encontros mensais realizados na Instituição. Para os cursos de qualificação profissional, o IPPC tem parceria com Instituições que desenvolvem formação nesta área.

 

 

  1. O PROCESSO DE TRIAGEM E ACOLHIMENTO

 

Etapa I - São preenchidas três fichas no ato da primeira entrevista com o candidato a residente e seu responsável, atendendo aos requisitos mínimos e perfil adequado. As fichas são as seguintes: Termo de Responsabilidade I (informações sobre o funcionamento da Instituição e contatos dos responsáveis/familiares); Termo de Responsabilidade II (forma de pagamento ou gratuidade no tratamento)

e Ficha dos Pertences na Chegada (dados com toda a documentação, roupas, produtos de higiene e outras informações dos pertences dos acolhidos no momento em que chegam), e a autorização do uso de imagem

Etapa II - Será construído o Plano de Atendimento Singular – PAS, pelo profissional de Psicologia, que irá traçar um perfil com dados fundamentais e complementares no processo de tratamento. Neste processo, o candidato já terá recebido todas as informações e protocolos necessários para a internação, no qual deverá firmar sua ciência e aceitação para a efetivação da mesma.

 

 

 

 

Etapa III – Preenchimento das Fichas de Vínculo Familiar e Evolução/Intercorrências. Estas fichas são preenchidas e atualizadas durante todo o tratamento, para que se possa identificar o processo de evolução.

 

  1. O PROGRAMA DE TRATAMENTO E REINSERÇÃO SOCIAL

 

Tem por objetivo, auxiliar os acolhidos, através da convivência entre os pares, a manterem a plena participação na organização social da CT. Isso possibilita que o processo de tratamento e recuperação avance para níveis que auxiliem os mesmos na sua reinserção e reintegração social, agregando ao novo estilo de vida valores e princípios fundamentais para suas conquistas e desafios.

 

O Programa é composto por quatro fases:

 

1ª fase: (1º ao 3º mês – Desintoxicação)

 

Esta é a fase de adaptação à rotina da Comunidade Terapêutica e do Regimento Interno, onde as atividades  priorizam  a  reflexão/conscientização  da  problemática  da  drogadição, é realizada a acolhida

espiritual, atividades expressivas e de alívio de ansiedade. São ainda, elaboradas as avaliações terapêuticas, psicossociais e é traçado o Plano de Desenvolvimento Individual. Completados os 30 primeiros dias de acolhimento o usuário poderá receber visitas de familiares e amigos.

 

2ª fase: (4º ao 5º mês – Interiorização)

 

As intenções nesta fase são:

  • Manter a adesão do usuário ao plano terapêutico;

  • Transmitir informações com relação ao uso de substância psicoativas;

  • Estimular o desenvolvimento da autoestima;

  • Promover e acompanhar o contato sócio familiar;

  • Traçar estratégias para a contemplação de um novo estilo de vida;

 

 

 

 

3ª fase: (6º ao 9º mês – Reinserção Social)

 

Neste período, acontece o planejamento para o retorno do usuário ao convívio social, sendo realizados levantamentos e encaminhamentos junto ao poder judiciário (caso haja), familiar e à comunidade de origem. Nesta fase, são organizadas atividades de orientação e capacitação profissional (em fase de aprimoramento), visando à reinserção social como um todo.

Ocorre a 1º saída a partir do 6º mês, por 4 dias.

As saídas para convívio familiar e comunitário acontecem em concordância com a preparação do usuário e a rede de apoio/família, a partir do sexto até o oitavo mês.

 

4ª fase: (Pós-internação)

 

O acompanhamento após a conclusão do tratamento se dá através de contatos telefônicos, whatsapp, redes sociais e encontros na própria Instituição. Este contato é estabelecido durante um ano após a conclusão do tratamento e num intervalo de quatro meses (Fevereiro, Junho e Outubro), para identificar como está o

processo de recuperação, trabalho e vínculo familiar. Outro momento, é quando os exs acolhidos são convidados a ir até a Instituição para estabelecer conversas individuais ou em conjunto com os seus familiares.

 

  1. ALTA TERAPÊUTICA

 

A Alta Terapêutica acontece no nono mês, onde estão previstas três fases no Plano Terapêutico, sendo que após a Alta Terapêutica, o acolhido é convidado a participar da quarta fase, denominada “Pós-internação”, que lhe servirá de apoio e orientação para a prevenção a recaída.

A qualquer momento, o acolhido poderá interromper voluntariamente o tratamento, ou ainda poderá ser desligado por motivos comportamentais.

 

 

 

 

  1. REINSERÇÃO SOCIAL

 

Este processo visa:

Auxiliar os residentes, antes e durante o retorno definitivo à sociedade, na construção de um projeto de vida e desenvolvimento de suas habilidades para lidar consigo mesmo e com a sociedade, protagonistas nas decisões em todas as áreas: família, escola e/ou trabalho, finanças, lazer, espiritualidade, grupos sociais, culturas e dinâmicas sociais envolvidas no contexto a que irão voltar a frequentar.

Encorajar a capacidade de resposta dos residentes no enfrentamento às diversas situações, pessoas e ambientes de risco, gerando autonomia, responsabilidade, habilidades vínculos eficazes e saudáveis, capazes de auxiliar na manutenção da abstinência e da sobriedade. Promover o desenvolvimento de um

estilo de vida com qualidade em todas as suas dimensões, através de atividades e saídas tanto de grupo, lazer e cultura como também visita (s) ao núcleo de convívio familiar, estudantil e profissional.

Proporcionar o resgate da cidadania através de saídas externas: (grupos de ajuda - mútua, lazer, cultura, visitas familiares).

O processo de reinserção e reintegração social deve ser gradativo, tendo como objetivo fundamental a progressiva ressocialização em, inicialmente, um ambiente que reforce: a capacidade de ser autônomo, assumindo riscos e responsabilidades, a capacidade de relacionar-se com qualidade no ambiente fora da CT em momentos, situações e ambientes diferentes, com isso, reforce a sua capacidade se auto afirmar,

inspirado por suas metas e objetivos construídos traçados com a ajuda da equipe, assumir compromissos, responsabilidades, identificando limites próprios, superando medos e frustrações e lutando pelos seus sonhos e sua qualidade de vida, e ainda, distinguir os meios necessários para atingir a finalidade desejada de seu tratamento e sua recuperação.

 

 

 

 

 

 

 

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